domingo, 22 de agosto de 2010

A Torre Negra - vol. II: A Escolha dos Três



Sinopse do livro:

Com incansável imaginação, Stephen King dá continuidade à magistral saga épica A Torre Negra. "A Escolha dos Três", segundo volume da série, lança o protagonista Roland de Gilead em pleno século XX, à medida que ele se aproxima cada vez mais de sua preciosa Torre Negra, sede de todo o tempo e de todo o espaço. Um derradeiro confronto com o homem de preto revela a Roland, nas cartas de um baralho de tarô, aqueles que deverão ajudá-lo em sua busca pela Torre Negra: o Prisioneiro, a Dama das Sombras e a Morte. Para encontrá-los, o último pistoleiro precisará atravessar três intrigantes portas que se erguem na deserta e interminável praia do mar Ocidental. São portas que o levam a um mundo diferente do seu, em outro tempo, de onde ele deverá trazer seus escolhidos: Eddie Dean, um viciado em heroína; Odetta Holmes, uma bela jovem negra que perdeu as pernas em um medonho acidente e sofre de misteriosos lapsos de memória; e o terceiro escolhido, a Morte, que vai embaralhar mais uma vez o destino de todos. A primeira porta o leva à Nova York dos anos 1980 e a Eddie Dean. A segunda transporta o pistoleiro à mesma cidade, mas dessa vez na década de 1960. A Dama das Sombras que Roland encontra atrás dessa segunda porta é Odetta Holmes. Roland e Eddie não demoram a descobrir que a mente de Odetta abriga também a malévola Detta Walker, num evidente distúrbio de dupla personalidade. Com o terceiro escolhido, A Morte, as cartas tornam a se embaralhar e a busca de Roland pela Torre Negra sofre uma nova e imprevisível reviravolta.

Análise:

Olá, pessoal...há quanto tempo não nos falamos? Realmente, já faz um bom tempo. Ultimamente muitas coisas me aconteceram, coisas boas, coisas más, mas atualmente estou muito feliz porque pesando tudo aprendi muita coisa e estou me dedicando ao que me faz feliz. Mas vamos ao que realmente importa aqui, vamos aos comentários deste segundo volume da saga épica de Stephen King, confesso que estou muito hesitante em tecer estes comentários (terminei de ler a saga há uns 3 meses atrás e ao terminar a contemplação deste retrato do universo de King fiquei com medo de ser incapaz de mostrar à vocês, ao longo de minhas análises da saga, toda a grandiosidade da obra), mas vamos parar um momento, lembrar das faces de nossos pais (como diria Roland Deschain) e fazer a vontade do ‘Ka’.

Com o final do primeiro volume ficamos apreensivos pelo destino de Roland Deschain, que acaba sozinho em uma praia e sem compreender as palavras do ‘Homem de Preto’ (Comentário Off: Sempre lembro de Johnny Cash quando leio ‘Homem de Preto’, isso porque o senhor Cash era chamado também por ‘Man In Black’). Ficamos pensando quem é ‘O prisioneiro’, ‘A dama das sombras’ e ‘A morte’ e quais seus aspectos e afinal...porque exatamente três pessoas que nem sequer são do mesmo mundo que Roland estariam ligadas à ele e à sua missão de chegar à tão cobiçada Torre Negra?! Mais uma vez nosso amigo Pistoleiro pode responder: “Ka!”. Muitas coisas que acontecem nas obras de Stephen King se tornam mais claras com a introdução do conceito de Ka, aliás muitos conceitos que são traçados ao longo da saga lançam mais luz sobre o “Universo Kinguiano” (ficou meio estranha essa palavra, mas deixa pra lá). Depois que terminei a saga inclusive eu já reli ao menos um dos livros que já foram vitimas de meu apetite voraz xD (“A hora do vampiro”). Esse segundo volume, apesar de ser mais “parado”, em relação à toda saga é muito interessante e não deixa de nos prender nas páginas (muitas vezes me flagrei pensando no livro quando estava andando pela rua, comendo, conversando com alguém etc). Quando falo “parado” quero dizer sem toda a ação que, por exemplo, acontece no vilarejo de Tull (para melhor compreender leiam o primeiro volume). Este livro é mais focado em mostrar um pouco sobre como o ‘Ka’ funciona e o que ele vem a ser, ao menos foi essa a interpretação que fiz e talvez vocês pensem diferente.

Poucas páginas após o inicio deste volume o nosso amigo Pistoleiro tem o grande azar de ser atacado por um bando de ‘Lagostrosidades’[i] na praia ocidental e o resultado desse encontro é nada agradável (o que torna a busca pelas três pessoas que o ‘Ka[ii] quer colocar em seu caminho ainda mais necessária e urgente, pois mais do que nunca o pistoleiro precisará de ajuda para poder continuar sua jornada).

Lagostrosidade:


A primeira carta que ‘O homem de preto’ apresenta à Roland é ‘O prisioneiro’ e logo quando ocorre o encontro com este personagem realmente percebemos o quanto ele é prisioneiro de sua própria fraqueza, ou como disse um demônio manifestado como uma mulher dentro de um circulo de pedra para Roland no primeiro volume, do demônio de nome Cocaína, pois em mundos diferentes existem demônios diferentes (como todo bom artista sem dúvida alguma Stephen King colocou um pouco de si no personagem do prisioneiro, pois houve uma fase da vida de King que ele foi usuário de Cocaína, mas não vamos entrar em detalhes aqui...o importante é que eu achei que ele conseguiu transmitir bem como é tormento de tal vida e como uma pessoa pode chegar às condições mais baixas da vida tornando-se prisioneira de si mesma). A maneira como a passagem entre os mundos é feita achei bastante interessante e o simbolismo bem construído, não entrarei em detalhes para não diminuir a fascinação de vocês quando lerem (só direi que depois disso realmente acredito ainda mais que os olhos são as janelas, ou melhor, as portas da alma. Adoro deixar pessoas curiosas sobre livros e filmes). Não contarei também como o pistoleiro se manifesta em nosso mundo, isso estragaria bastante a surpresa. Desde a primeira passagem do pistoleiro para o nosso mundo começamos a nos divertir bastante, em alguns momentos risadas são inevitáveis, o pistoleiro ao mesmo tempo fica fascinado e cauteloso com o nosso mundo. Nossa linguagem, vestimentas, costumes etc são para ele como peças mal encaixadas e que somente lentamente ele vai conseguindo juntar de uma maneira coerente, isso obviamente com a ajuda do prisioneiro que se chama Eddie Dean. O primeiro “escolhido” assim como os outros dois acaba apresentando à Roland algum problema que acaba dificultando sua missão de trazê-los para a Terra Média e fazê-los se comprometer com a sua missão de alcançar a Torre Negra (centro do espaço-tempo), pois eles devem formar um ‘Ka-tet[iii].

A segunda escolhida ‘A dama das sombras’ traz um problema ainda maior para o nosso amigo Roland, pois ela abriga dentro de si duas mulheres completamente diferentes. A meiga e frágil Odetta Holmes e a sagaz, corajosa e indomável Detta Walker. Detta Walker tenta a todo custo se livrar do Pistoleiro, pois quer retornar ao seu mundo (Eddie Dean também compartilha dessa intenção de retornar inicialmente, pois digamos que a Terra Média depois que o mundo seguiu adiante não é nem um pouco parecida com algum paraíso e a própria figura do Pistoleiro os deixa assustados, além de que ser retirado de sua própria rotina, ‘paraíso de segurança’, e do nada ser jogado em um mundo com “regras” e coisas bizarras para você não é algo com o qual reagiríamos com tanta naturalidade. Acho que nesse ponto conseguiu tornar os personagens mais “reais”, isso me faz pensar em Tolkien, pois apesar da literatura dele ser fantástica o cenário criado por ele possui um grande aspecto verídico devido a construção de toda um história dos povos e sua línguas, de alguns locais etc). Uma conclusão à que cheguei é que no final das contas os dois primeiros escolhidos são na verdade prisioneiros de si mesmo, um devido ao “demônio” Cocaína e outra devido a um aspecto de sua personalidade com o qual ela não consegue se relacionar de maneira a não se destruir (afinal de contas Detta Walker nada mais é do que a contraparte de Odetta Holmes, estas duas são os dois lados de uma mulher que se encontra fracionada), ou seja, O Pistoleiro acaba surgindo como um ‘Deus Ex Machina[iv]para salvar estes dois de suas prisões e conseqüentemente recrutá-los para a sua jornada rumo à Torre Negra.

Vocês agora devem estar se perguntado: “Mas e o terceiro escolhido? A morte...está faltando você falar da terceira carta...A morte!”. Bom, vamos agora à peça final deste segundo volume de “A Torre Negra”. A terceira peça realmente causa uma completa tormenta na trama, nos conduzindo a uma linha de pensamentos que nos jogam numa conclusão que nos faz ficar dentro de um paradoxo (não tenho palavras pra descrever o estado em que fiquei após ver a terceira peça do quebra-cabeça, realmente não poderia transmitir todo o impacto). Digamos que a terceira peça tem um mistério tão intenso que a reação mais esperada ao lermos as palavras que a revelam é fechar o livro e dedicarmos algum tempo a ficar sozinhos com nossos pensamentos tentando absorver tamanha revelação colossal, sério...só me senti assim antes ao ler contos de Lovecraft! [v]A conclusão que conseguimos tirar é que a loucura seria provavelmente o resultado mais óbvio da equação final dessas três cartas! Inclusive esta “equação” é a base na qual o terceiro volume será iniciado, a “equação” precisa ser resolvida do contrário a loucura e conseqüentemente a morte será a única saída para O Pistoleiro. Eu os desafio a descobrir a terceira peça! Mas ainda assim, após verem a terceira carta não pensem que tudo foi revelado, pois o verdadeiro espetáculo está atrás das cortinas! Estão curiosos? Querem saber mais? Perguntam-me o que está atrás da cortina? Querem saber quem é a terceira carta? Ah, adoro gerar curiosidade acerca desta saga e o mínimo que posso fazer para agradecer ao Sai[vi]-Stephen King por ter escrito algo tão fascinante é apresentá-la a outras pessoas! Longos dias e belas noites, sais-leitores! Que seus dias sejam longos sobre a terra!



[i] Criaturas semelhantes a Lagostas só que bem maiores.

[ii] Destino, definição simplificada (ao longo da saga mostra uma complexidade maior nesse conceito).

[iii] Grupo de pessoas ligadas pelo destino, eis a definição mais simples de Ka-tet.

[iv] Uma brevíssima explicação sobre o que é Deus Ex Machina: http://pt.wikipedia.org/wiki/Deus_ex_machina

[v] Uma breve explicação sobre quem foi Lovecraft: http://pt.wikipedia.org/wiki/H._P._Lovecraft

[vi] Sai é uma palavra da Terra Média que equivale à senhor/senhora.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Filmes que gostariámos de ver, mas nunca veremos

Longos dias e belas noites!

Depois de muito tempo... voltei e agora com mais um post para falar sobre duas animações que tem tudo para serem ótimas, mas acredito que infelizmente não chegaremos a vê-las lançadas, como são seus objetivos.


A primeira se chama “A.D.” que conta a história de dois sobreviventes depois de uma infestação de zumbis e a segunda é chamada “Blood Trail” e basicamente não possui história, pois seu trailer foi criado com o objetivo de chamar atenção de investidores para que possa ser realizado um longa-metragem em cima dessa animação. A qualidade de primeira animação – A.D. - é impressionante e bate de frente com projetos de grandes estúdios. O trailer da segunda animação - “Blood Trail” - é muito bom, mas particularmente não gostei da forma como os humanos foram feitos, eles parecem disformes, com pescoço muito longo e olhos muito separados.

O problema que ronda as duas animações é apenas um, posso dizer que é a falta do que move o mundo, ou para quem não entendeu... dinheiro.



Os trailers foram lançados com o intuito de encontrar alguém que banque os custos das produções. “A.D.” é o que tem mais chances de ser lançado, mas passa por uma triste realidade e é o que eu mais quero assistir: O diretor do filme custeou boa parte da produção com dinheiro próprio, porém a grana acabou, e agora o filme está esperando alguém que queira investir nele.



“Blood Trail” é um projeto mais ambicioso. Seu criador quer fazer um longa-metragem, um game e uma HQ dentro do universo que criou, mas até o presente momento só tem esse trailer lançado.

Outro longa que passa pela mesma situação que o “A.D.” é o live action chamado “Worst Case Scenario”, que trata de zumbis nazista com um tremendo realismo e passa longe desses filmes galhofas de zumbis quem são produzidos hoje em dia.








Até o próximo post!
Hazyel

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Street Fighter Fan Films

Longos dias e belas noites pessoal!

Estou de volta para mais um post e dessa vez para falar sobre 2 (dois) fan films, lançados essa semana sobre o maior jogo de luta de todos os tempos: STREET FIGHTER.

O primeiro filme - Street Fighter: Beginning's End - foi lançado no mesmo dia em apereceram os teaser do segundo filme - Street Fighter : Legacy.

Visivelmente de qualidade inferior, no quesito “figurino” as cenas de luta de Street Fighter: Beginning's End me pareceram ser superiores. Os 2 (dois) filmes tratam da mesma temática (a rivalidade entre Ryu e Ken) e não mostram vencedores.

Fiquei decepcionado quando assisti ao Street Fighter: Legacy pelo fato de os teaser terem me deixado com uma grande expectativa, já que foi co-dirigido por Joey Ansah – que coreografou as cenas de luta do “Bourne Ultimate” - e pela incrível fidelidade na caracterização dos personagens, finalmente se viu atores interpretando Ryu e Ken você podia acreditar que eram eles mesmos de tão detalhado que eles ficaram.

Ryu não veste simplesmente um Kimono branco, mas ele é esfarrapado, é sujo, o corte de cabelo foi claramente inspirado no Ryu do Street Fighter IV. Ken usa dois figurinos, que ficaram perfeitos no ator. A roupa normal, provavelmente inspirada na roupa que ele usa no “Street Fighter II: The Animated Movie”, e o seu kimono vermelho, sem mangas e todo no lugar. O pessoal da produção foi tão minimalista que colocaram as sobrancelhas exageradas dos personagens e por incrível que pareça elas não ficaram galhofas.

Apesar de toda atenção direcionada aos detalhes, as cenas de lutas não me convenceram e ficaram aquém do resto da produção, com alguns golpes sendo desferidos com o braço “mole”. A produção foi muito fiel nas posições e trejeitos dos personagens, mas em contra partida, o Ryu desfere um “Tatsumake” e não um “Tatsumake-Senpuu-Kyaku” enquanto Ken solta um “Roryuken” ao invés de uma “Shoruyken” sem girar e totalmente mecânico e dessa maneira tive a impressão de que quando a luta ia ficar boa acabava com um golpe conjunto e muito mal feito.

Como falei anteriormente, o “Street Fighter: Beginning’s Ende” (oh nomezinho...) apesar não ter tido um figurino tão detalhado quanto o “Legacy”, tem suas cenas de luta mais dinamizadas e todos os elementos que podemos encontrar na luta do jogo: os personagens ficam tontos, tem agarrões, melhor de 3 rounds e etc... Sem falar quem encerra com um belo ensaio para um “Shin-Shoryuken”.

Mas depois de tantas “reclamações” (xD), finalizo dizendo que esses dois curtas são mais bem elaborados que os dois longas feitos para o cinema ( o do Van Damme e o da Chun-Li “raquítica”). E espero que Hollywood tome esses dois vídeos como exemplo, ou pelo menos o Legacy, que teve autorização da Capcom para ser feito, quando forem fazer os próximos filmes baseados no jogo.


Algumas fotos do "Street Fighter: Legacy"

Até o próximo post!


Bônus Track:


Pelo que conheço do Cyber, ele deve tá doido para assitir isso. xD